Saúde

Entenda quem terá prioridade para receber a vacina contra a covid-19 no ES

Profissionais de saúde, idosos e indígenas estão entre as pessoas que serão priorizadas no primeiro lote liberado no país

Foto: Gustavo Fernando/Folha Vitória

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial das vacinas contra a covid-19, desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, em parceira com o Instituto Butantan, e a vacina do consórcio Astrazeneca/Oxford, em parceria com a Fiocruz, diversas dúvidas sobre quem já poderá receber as primeiras doses começaram a surgir. 

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel, explicou durante entrevista ao jornalismo da TV Vitória nesta segunda-feira (18), que a medida de dividir a campanha em grupos é adotada para conseguir ampliar a quantidade de pessoas mais vulneráveis à doença imunizadas

"Não dá para imunizar todas as pessoas de uma vez. Sempre começamos uma campanha vacinando aquele público que tem maior probabilidade de sofrer efeitos graves, pois assim evitamos a progressão de gravidade da doença", explicou. 

De acordo com o Plano Estadual de Imunização, mais de 270 mil pessoas devem ser imunizadas no primeiro grupo. Mas, afinal, quem terá prioridade para receber as primeiras doses no Espírito Santo? Em entrevista ao programa "Fala Espírito Santo" desta terça-feira (19), o subsecretário em Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, tirou algumas dúvidas da população. 

Segundo o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, o primeiro grupo que irá receber a vacina serão os profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à covid-19; pessoas com 60 anos ou mais que vivem em abrigos ou casas de repouso; pessoas com mais de 75 anos; e indígenas. 

Profissionais da saúde 

Cerca de 42 mil trabalhadores da área da ´saúde, que atuam na linha de frente ao combate do novo coronavírus, serão priorizados no Espírito Santo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o número representa, aproximadamente, 34% dos profissionais da área no estado. 

A primeira pessoa vacinada em solo capixaba, inclusive, foi uma técnica de enfermagem do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, referência no tratamento da doença. Iolanda Brito da Silva dos Santos, de 55 anos, recebeu o imunizante logo após o carregamento com as primeiras doses chegarem ao Espírito Santo. 

Idosos em asilos

Ao todo, a expectativa do governo do Espírito Santo é vacinar, no primeiro momento, 2.970 pessoas com mais de 60 anos que vivem em asilos ou casas de repouso. O subsecretário de Saúde explicou que, além dos idosos, os profissionais que atuam nestes locais também devem ser imunizados. 

"Eles têm um contato muito próximo com as pessoas que estão ali abrigadas e, também, via de regra, trabalham em mais de uma instituição. Os idosos são um grupo que tem um alto risco de adoecer e de forma grave", ressaltou. 

Indígenas

Segundo a Secretária Estadual de Saúde, cerca de 2.790 indígenas das aldeias do Espírito Santo devem ser imunizados na primeira etapa da campanha de imunização. 

Pessoas com deficiência

Outro grupo que também será priorizado neste momento, será o de pessoas com mais de 18 anos asiladas que possuem alguma deficiência. Ao todo, cerca de 210 pessoas deste grupo devem receber as duas doses neste primeiro lote. 

Demais grupos 

Os demais grupos da sociedade só devem receber a vacina após a liberação de novas doses. As 101 mil doses recebidas na segunda-feira (18), foram dividas entre os quatro grupos prioritários, garantindo a aplicação da primeira e segunda dose. 

"Nós temos que guardar a segunda dose desses grupos (que estão recebendo a primeira dose neste momento). Somados, esses grupos, com as duas doses, e a reserva técnica, porque infelizmente ocorrem acidentes que precisam de reposição e isso ocorre em qualquer campanha, utilizamos todas as doses deste primeiro lote", explicou. 

Segundo o subsecretário, a definição de novos grupos que serão imunizados, a quantidade de doses e quando ocorrerá a vacinação ainda é incerta. "Dependemos da liberação de novas doses", reforçou o Reblin. 

*Com informações da TV Vitória/Record TV. 

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