Saúde

Já tomou vacina contra covid-19? Será que você pode beber?

Médicos explicam se é recomendado ou não ingerir bebidas alcoólicas após se imunizar contra a covid-19

Dayse Torres

Redação Folha Vitória


Foto: pexels

O calor está intenso e, para muitas pessoas, é difícil resistir a uma cervejinha gelada no fim do dia. No entanto, a pandemia de covid-19 e a vacinação contra a doença trazem um questionamento:  é recomendado ingerir bebida alcoólica após a imunização? 

Como a pergunta pode estar na cabeça de muita gente, o doutor em epidemiologia e comentarista da Rádio Pan News Vitória, Daniel Gomes, explica que não é aconselhável tomar bebidas alcoólicas em grandes quantidades, depois de se vacinar contra o coronavírus. 

"O álcool tem um efeito supressor e, se ingerido em grandes quantidades, pode comprometer a resposta imunológica da vacina. Isto quer dizer que o álcool, em grandes quantidades, pode prejudicar o efeito do imunizante", explicou o médico, que também é professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). 

O doutor em epidemiologia recomendou que, o ideal, é esperar uma semana para ingerir álcool, em grandes quantidades, após tomar a dose da vacina. "Este mesmo cuidado deve ser tomado antes de tomar o imunizante".      

A infectologista Rubia Miossi lembrou que não existe uma evidência mostrando que o álcool antes ou após a imunização possa interferir na sua eficácia, porém pede moderação. 

"Sabemos que o consumo exagerado do álcool não faz bem ao ser humano", afirmou a médica. 

De acordo com uma pesquisa feita pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), com mais de 12 mil pessoas em 33 países das Américas, 35% dos entrevistados com idades entre 30 e 39 anos disseram beber muito com maior frequência no período.

Os momentos de estresse, preocupação e ansiedade são marcados pela maior procura por substâncias que diminuem, mesmo que temporariamente, esse desconforto. “A frase afogar as mágoas tem um pouco de verdade. Mesmo não sendo bom beber, as pessoas consomem para sair um pouco da realidade. O que é péssimo, já que o álcool tem um efeito muito curto para esse esquecimento e gera danos muito graves ao organismo”, alerta o psiquiatra Luiz Scocca.  

* Com informações do portal R7

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