Saúde

Dengue volta a ameaçar saúde dos moradores de Venda Nova do Imigrante

Em 2018 449 focos de contaminação foram encontrados e em 2019, os casos continuam a surgir

Foto: Arquivo/PMVNI
Preocupação é com o número de mosquitos fêmeas encontrados nas armadilhas distribuídas pelo Município

Uma conhecida e séria ameaça à saúde voltou a rondar os vendanovenses. O número de focos do mosquito transmissor da dengue alcançou nível preocupante em 2018 e, se cada morador não fizer sua parte, a situação pode se agravar neste ano. O verão é a época mais favorável para o surgimento dos criadouros do Aedes Aegypti e a mobilização precisa ser imediata.

Foram encontrados 449 focos no ano passado. De janeiro até agora, esse número já chegou a 42. A maior parte está no bairro Vila Betânea. “O serviço de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde visita as residências, mas o mosquito evolui de ovo para adulto em uma semana. Sem a colaboração da comunidade, não é possível eliminar todos os focos”, alerta Camila Mauro Zandonadi, coordenadora de Vigilância em Saúde.

O triste ranking de bairros com mais criadouros é encabeçado por Vila Betânea, seguido por São João de Viçosa, Santa Cruz, Centro e Vila da Mata. No entanto, a dengue é um problema de todos e cada comunidade precisa ficar atenta para evitar que Venda Nova enfrente uma crise causada pela doença.

Armadilhas mostram que o perigo está próximo

Outro motivo para preocupação é o número de mosquitos fêmeas encontrados nas armadilhas distribuídas pelo Município. “Passamos um bom tempo sem capturar fêmeas. Agora, isso virou uma rotina. É um risco, porque são elas que picam o ser humano”, acrescenta Camila.

Nenhuma das fêmeas capturadas estava contaminada, mas isso não é motivo de alívio. “Uma única pessoa doente, e nós temos pessoas com dengue no Município, pode ser picada e espalhar a doença para muita gente. A Secretaria de Saúde trabalha firme para evitar que isso aconteça. Porém, se a população não colaborar, é impossível alcançar esse objetivo”, destaca Tadeu Sossai, secretário municipal de Saúde.

Dengue tem trajetória de diminuição de casos no Município

A grande quantidade de focos é um potencial risco à trajetória de recuo da dengue desde 2017. Em 2016, foram notificados 335 casos suspeitos da doença. Desses, 152 foram confirmados. No ano seguinte, após trabalho da Secretaria Municipal de Saúde, a situação se mostrou muito diferente. Foram notificados 38 suspeitas e confirmadas apenas quatro. Cenário parecido com 2018, quando foram notificados 60 casos e confirmados também quatro.

Este é o momento de entrar em ação e fazer sua parte. Cuide do seu quintal e evite focos do mosquito. Além do risco à sua saúde e a de toda a comunidade, quem não eliminar os criadouros sob sua responsabilidade pode até ser multado. Lembre-se: a dengue pode matar.

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