Saúde

Dose única! Conheça a vacina desenvolvida pela Johnson

Um dos pontos positivos deste imunizante é que ele não precisa ser armazenado em local abaixo de zero, o que facilita o transporte das doses

Foto: TV Vitória

O imunizante fabricado pelo setor farmacêutico da Johnson & Johnson, o laboratório belga Janssen, será aplicado em apenas uma dose e encontra-se na última fase de testes no Brasil. O processo de produção da vacina conta com a presença de 7.560 mil voluntários.

Apesar de ainda não realizar as solicitações necessárias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o laboratório já recebeu um dos documentos necessários para a autorização da aplicação: a Certificação de Boas Práticas de Fabricação.

Para agilizar a liberação das vacinas, a Anvisa está realizando o processo de submissão contínua da documentação. O processo permite que os dados sejam analisados por etapas no momento em que são gerados e não ao final do processo quando os dados são contabilizados.

De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, para a fabricação da vacina da Johnson & Johnson o laboratório utiliza a tecnologia do adenovírus vetor, mesmo modelo adotado para a vacina de Oxford.

O laboratório explica que o adenovírus é uma modalidade de vírus responsável pelo resfriado comum, porém, no momento em que são modificados para a fabricação da vacina, eles perdem a capacidade de replicação e consequentemente não podem causar o resfriado. Assim que o paciente recebe o imunizante, o organismo dá início a um processo de defesa e passa a produzir anticorpos contra o "invasor", fazendo com que o corpo crie uma memória contra o coronavírus.

 “Outra parte do processo envolve o código genético do próprio SARS-COV-2. Ele possui em sua superfície externa uma espécie de coroa, formada pelos chamados ‘spikes’, ou espigões, que são os responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano. Para produzir a vacina candidata da Janssen, um pedaço da proteína ‘S’, presente nesses espigões, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador)”, afirmou a empresa em nota.

Um ponto positivo deste novo imunizante é que ele não necessita ser armazenado em locais com temperaturas abaixo de zero, o que torna a vacina compatível com o padrão já existente deixando o transporte menos custoso. 

De acordo com a Johnson & Johnson, a vacina apresentou uma eficácia de 72% contra a covid-19 nos Estados Unidos e atingiu uma taxa de 66% de eficácia no mundo em testes que foram realizados em três continentes com outras variantes do vírus.

Durante os testes, no dia 8 de janeiro, o laboratório belga relatou a ocorrência de um evento adverso grave com um voluntário brasileiro. Por motivos éticos não foram divulgados maiores detalhes sobre o evento e de acordo com a Anvisa, as vacinações não pararam pois os voluntários já teriam sido vacinados.

* Com informações do Portal R7

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