Saúde

Bronquiolite: veja dicas para manter seu filho longe do pronto-socorro

Casos de doenças respiratórias são comuns nos meses mais frios do ano, como o outono e o inverno

Foto: Divulgação-web

Tosse, febre, falta de ar, chiado ao respirar, perda do apetite e respiração rápida. Alguns dos sintomas que acendem o sinal de alerta para uma doença respiratória grave, que atinge bebês e crianças menores de seis anos, principalmente nas estações mais frias do ano: outono e inverno.

Segundo o pediatra Vinícius Fagundes, a doença começa com características de um resfriado comum ou de uma gripe, mas logo evolui para um quadro mais sério.

"A bronquiolite é uma doença viral, que acomete primeiro a via aérea superior. Começa como um resfriado comum, com um pouco de febre, nariz escorrendo. Com o passar do tempo, o vírus vai descendo até chegar no pulmão e causar a infecção dos bronquíolos com muita secreção e a criança começa a ter dificuldade para respirar". 

Durante a pandemia provocada pela covid-19, os casos reduziram bastante, de acordo com médicos da área. E isso tem um motivo. A doença é transmitida por meio do contato com outras pessoas doentes. O fato das crianças terem passado um longo período em casa, sem frequentar as escolas e ambientes de recreação, diminui a circulação do vírus que leva à bronquiolite.

"Esse ano (2022) o número de casos realmente me surpreendeu. Aumentou bastante", ressaltou o pediatra. Outro ponto importante é o da evolução da doença. Ela costuma mudar até de minuto em minuto. O paciente pode estar em casa, passar por um atendimento médico, chegar em casa e quadro piorar consideravelmente.

Atenção para os sinais da bronquiolite

Entre os sintomas da bronquiolite, um pode ser identificado durante a respiração da criança. Caso seja possível visualizar o espaço entre uma costela e outra costela, é imprescindível levar imediatamente o bebê ao médico para uma investigação minuciosa. No vídeo abaixo, é possível entender melhor como isso acontece.

Como é feito o tratamento da doença?

Segundo informações publicadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, não existe um tratamento específico para a bronquiolite. Na maioria das vezes, o quadro evolui de maneira benigna até a cura, sem a necessidade medicamentos. Já em outros casos, quando há a necessidade de intervenções, o tratamento é realizado em casa, com acompanhamento da febre e da respiração do paciente.

Nos quadros mais graves, a internação torna-se fundamental para garantir o oxigênio necessário para respirar com conforto. Isso acontece quando é identificada a baixa oxigenação no sangue. Ainda de acordo com a SBP, internações na UTI costuma ser rara, mas pode ocorrer em até 15% das crianças.

Saiba evitar episódios de bronquiolite aguda em casa

Para proteger os bebês de quadros agudos de bronquiolite o segredo é a prevenção.  O recomendado é evitar contato com crianças e adultos resfriados, lavar as mãos e higieniza-las com álcool 70% antes de tocar os bebês.

Evitar aglomerações e o tabagismo passivo também é muito importante para manter afastado o risco da doença. Mas se o bebê adoecer, um pediatra deverá ser consultado. Tosse persistente, cansaço, dificuldade para respirar são sinais que merecem atenção.

*Com informações do programa Fala ES e da SBP


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