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Saúde

Número de casos de malária chega a 112 no Espírito Santo

Desse total, 92 casos foram registrados em Vila Pavão e 20 em Barra de São Francisco. Uma morte já foi confirmada por conta da doença

Um novo boletim da Secretaria de Saúde do Espírito Santo, divulgado no início da noite desta quinta-feira (9), aponta que subiu para 112 o número de casos confirmados de malária no Espírito Santo. Desse total, 92 casos foram registrados em Vila Pavão e 20 em Barra de São Francisco. Uma morte já foi confirmada por conta da doença.

Os casos se concentram nos municípios de Vila Pavão, que decretou estado de emergência no início da semana, e em Barra de São Francisco. Em Vila Velha, de acordo com a prefeitura do município, uma idosa, de 82 anos, veio de Vila Pavão para a casa da filha, no bairro Riviera da Barra. Após sentir um mal estar, ela procurou uma unidade de atendimento e fez os exames que comprovaram a doença.

Veja gráfico com os números atualizados!

Segundo o médico infectologista Paulo Mendes Peçanha, o surto acontece no Noroeste do Estado e as chances de chegar à Grande Vitória são pequenas, uma vez que, o mosquito fêmea Anopheles, principal transmissor da doença, normalmente se concentra em áreas rurais. Ele destaca que, neste primeiro momento, a grande preocupação é trabalhar para dar um diagnóstico rápido.

"Nesse momento, o surto parece que está concentrado no Noroeste do Estado. A grande preocupação é dar o diagnóstico rapidamente, principalmente para as pessoas que estiverem passado por aquela região. Precisamos ter atenção para isso se estender para o Norte do Estado, mas aqui na Grande Vitória mesmo as chances são pequenas porque o mosquito transmissor não é de área urbana, como o Aedes aegypti, por exemplo", destaca. 

Ações

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) informou que não existem casos de malária no município e destacou que equipes da Vigilância Epidemiológica fazem contato diário com hospitais e unidades de monitoramento para orientação aos profissionais sobre prevenção e tratamento.

Em Vila Velha, a Vigilância Ambiental tem realizado a investigação entomológica nos casos de malária (importado, introduzido, autóctone, critico) registrados pela Vigilância Epidemiológica do município com o objetivo de prevenção. Com a ação é possível saber se o local onde se encontra o indivíduo infectado é área de risco de transmissão. A busca ativa do Anopheles, mosquito transmissor da malária, é feita nas residências. Caso detectada a presença do inseto, são realizadas as medidas de controle.

Em Cariacica, não há caso suspeito ou confirmado de Malária em desde fevereiro de 2018, segundo a Vigilância Epidemiológica. O último caso confirmado foi detectado em Janeiro de 2018, de um paciente que esteve na região de Aracruz, provável local de infecção. No momento, as medidas de prevenção estão sendo realizadas através de orientações à população sobre a doença.

De acordo com a prefeitura, agentes da Coordenação de Vigilância Ambiental realizam diariamente visitas domiciliares, abordagem educativa, visita in loco, fumacê, bloqueio nos locais com índice de infestação de mosquitos acima do preconizado pelo Ministério da Saúde. O órgão destaca ainda que diariamente os agentes de saúde orientam aos moradores para que mantenham seus quintais sempre limpos, caixas d'água bem tampadas, acondicionar bem o lixo doméstico e colocar para fora sempre no dia e horário da coleta e por fim ter a responsabilidade de uma vez por semana realizar uma inspeção minuciosa em seus quintais e suas residências.

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