Saúde

Robô cirúrgico é um aliado importante para o cuidado da saúde do homem

Cirurgias urológicas são uma das principais indicações para a técnica robótica, que proporciona mais segurança e uma recuperação mais rápida do paciente

O exame de toque retal leva sete segundos para ser feito mas é adiado pelos homens.

Estamos no agosto azul, o mês de combate as doenças do sexo masculino. Entre as diversas doenças que acometem os homens, temos o câncer de próstata, que pode ser descoberto e ao mesmo prevenido com a realização periódica dos exames. 

Sete segundos podem fazer toda a diferença na vida de um homem. Esse é o tempo médio para realização do toque retal, um exame que, mesmo sendo simples, rápido e indolor, ainda desperta medo e preconceito em muitos homens. Adiar este procedimento, porém, é a pior opção, especialmente para aqueles que já têm mais de 50 anos, faixa etária em que a incidência do câncer de próstata aumenta.

A boa notícia é que quando detectado em fase inicial, as chances de cura da doença também aumentam. Além disso, os recursos terapêuticos vêm evoluindo para oferecer maior efetividade no combate aos cânceres urológicos que, além da próstata, podem atingir rim, bexiga, pênis e testículos.

"A cirurgia robótica, por ser minimamente invasiva, tem apresentado melhor resultado que a do tipo convencional em relação à recuperação do cliente no pós-operatório e a resultados funcionais mais precoces do sistema urológico", explica Gustavo Cardoso Guimarães, coordenador geral do Projeto Cirúrgico Oncológico e médico do Núcleo de Uro-Oncologia Cirúrgica do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Recuperação mais rápida

No caso da retirada da próstata por meio de cirurgia robótica, a recuperação funcional é mais rápida. O cliente fica internado apenas um dia ou um dia e meio e mais da metade dos operados conseguem reter totalmente a urina já na retirada da sonda nas primeiras semanas. Na cirurgia convencional, a internação é de três a cinco dias e os clientes passam a ter continência urinária apenas entre dois e três meses após a intervenção.

O trauma residual, danos dos tecidos dos músculos que controlam a urina, também é menor com a laparoscopia robótica, uma vez que o robô aumenta o campo de visão em 10 vezes e a pinça robótica tem entre 1 cm e 1,5 cm de área de contato com o tumor, tamanho inferior aos 4 cm do instrumento convencional.

"O robô permite ao cirurgião uma maior destreza de movimentos, evitando, por exemplo, o tremor das mãos humanas. Essa precisão de movimentos garante uma maior segurança ao cliente e eficácia na retirada dos tumores urológicos", complementa o médico.

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