Saúde

Conheça os riscos de ficar muito tempo sentado e saiba como se movimentar

Dores nas costas, problemas de coluna e até mesmo o coração podem sofrer com o sedentarismo

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Se você é daqueles que passa muito tempo sentado, sem levantar e mal se movimenta, pode saber que isso não é nada bom para a sua saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado que a pessoa faça pelo menos 30 minutos diários de alguma atividade física. O melhor de tudo é que, ainda de acordo com a organização, quem segue à risca a recomendação deixa de fazer parte da turma dos sedentários.

Mas é importante lembrar que toda regra tem a sua excessão. Ao menos é o que apontou um estudo realizado por uma revista científica no ano passado. A médica endocrinologista Gisele Lorenzoni cita que ele acendeu um sinal de alerta ao mostrar que mesmo as pessoas que se exercitam podem ser sedentárias. Ficou confuso? A especialista explica melhor. 

“Eles observaram que se a pessoa tiver um comportamento sedentário fora do horário do treino pode haver impactos negativos para a saúde”, afirmou. Além disso, a médica destaca que foi observado que ficar sentado acaba afetando diretamente a saúde cardiovascular. “Pelo fato de ficar muito tempo parado, a circulação sanguínea pode ser afetada e automaticamente o coração”. E tem ainda outras questões relacionadas à falta de movimento: dores nas costas, musculares, entre outros reflexos.

Os tempos de isolamento social gerados pela pandemia da covid-19 levaram muitas pessoas ao sedentarismo. O trabalho em casa, a quebra da rotina provocaram, inclusive, ao aumento da ansiedade e ao ganho de peso. Os tempos mais turbulentos passaram. Os cuidados permanecem, porém, as restrições já não são mais rigorosas. Portanto, o importante é não ficar parado.

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Mexa-se!

Não tem tempo ou até mesmo orçamento pra pagar uma academia, por exemplo? Nada de desculpas. Você pode explorar espaços da casa ou apartamento onde mora para se exercitar sim. Espaços livres na sala, na varanda ou até mesmo no quarto podem te ajudar se o objetivo é sair da inércia. Pra quem não tem o hábito de se exercitar, varrer a casa, cozinhar, fazer faxina podem até mesmo ser consideradas atividades leves. Veja só essas dicas:

- Caminhe mais: troque o transporte motorizado pelas caminhadas ao ar livre. Se possível, faça as atividades diárias, como ir ao trabalho, à escola, estágio ou ao mercado a pé;

- Constância: não se preocupe tanto com a intensidade dos exercícios e sim com a frequência. Faça alguma atividade física pelo menos 5 vezes por semana;

- Devagar e sempre: comece com poucos minutos. Vá aumentando o tempo proporcionalmente, a cada semana, crie um novo desafio;

- Alie a alimentação ao exercício: faça refeições coloridas, ricas em legumes, verduras, vegetais, proteínas e carboidratos bons. Evite açúcares e ultraprocessados: embutidos, macarrão instantâneo, entre outros;

- Procure acompanhamento médico: faça exames de rotina. Procure profissionais que acompanhem e orientem você.






O que ocorre também é que atualmente com as facilidades tecnológicas, diversas ações no nosso dia a dia foram excluídas. “Hoje as pessoas trabalham na frente do computador, celular, a televisão tem controle remoto; a moradia tem elevador; diversas ações corriqueiras como levantar para ligar uma tevê foram deixadas de lado por este avanço tecnológico que está fazendo mal à saúde”, afirma a endócrino.

Para Gisele o ideal é não deixar de se exercitar no dia a dia pela saúde em geral e ainda evitar o sedentarismo também quando não estiver no período do exercício físico. “Ainda não é claro quanto tempo podemos ficar sentados, mas uma outra pesquisa publicada no The American Journal of Clinical sugere que em um período de nove horas, é recomendado que a cada 30 minutos faça-se uma pausa e ao menos um minuto e 40 segundos de caminhada”, explica.

Assim, a dica é se mover e para quem não é adepto de nenhuma atividade física, mas importante ainda não ficar parado. “A prática de exercícios regularmente previne doenças cardíacas, diabetes, ansiedade, depressão, melhora a memória porque você também exercita a saúde do cérebro”, pontua.

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