Saúde

Hipercolesterolemia familiar: 13 vezes mais chances de ter doença cardiovascular

Distúrbio genético afeta uma em cada 263 pessoas e 99,5% delas não sabem e, portanto, não se tratam

Diagnóstico precoce, tratamento medicamentoso adequado e adoção de hábitos de vida saudáveis são o tratamento da doença. 

Mais de 790 mil brasileiros são portadores de hipercolesterolemia familiar (HF), doença caracterizada por valores cerca de duas vezes mais elevados de colesterol desde o nascimento, e menos de 3.500 sabem que possuem essa doença genética, que precisa ser tratada com urgência. A receita é simples: diagnóstico precoce, tratamento medicamentoso adequado e adoção de hábitos de vida saudáveis.

“Os mais jovens são vítimas fatais da falta de conhecimento sobre a hipercolesterolemia familiar. Estudos realizados pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (INCOR) mostram que, ao menos 50% das pessoas que possuem essa doença, sofrerão um infarto ou um AVC antes dos 50 anos de idade, se não tratados, e isso é assustador”, explica o cardiologista, Raul Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP e presidente eleito da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS).

Isso significa que aproximadamente 99% desses indivíduos têm a sua vida diminuída entre 10 e 30 anos. 

GRUPOS MAIS AFETADOS

Investigação realizada no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, observou 14.460 pessoas, com idades entre 35 e 75 anos. Os resultados encontrados sugerem que, no Brasil, a incidência da hipercolesterolemia familiar é maior em mulheres - uma em cada 244 -, e em negros - um caso em cada 156. Na média geral, estabeleceu-se que uma pessoa possui a doença a cada 263, o que representa cerca de 790 mil brasileiros.

Informações fornecidas pelo Hipercol Brasil 

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