Saúde

Você sabe o que é tripofobia? Pessoas com a síndrome estão com aversão a novo smartphone

Agonia, tremores e até crises de pânico são sintomas de quem sofre do problema

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Tratamento para a condição pode incluir psicoterapia e até o uso de remédios antidepressivos e ansiolíticos. 

Na quarta-feira (11), um novo lançamento de smartphone repercutiu nas redes sociais causando alvoroço. É que o celular que possui câmera traseira com três lentes de alta potência, incomodou pessoas com tripofobia. Um internauta chegou até comentar no site da empresa que não poderia comprar o aparelho, porque sentiria coceira sempre que olhasse para ele. 

A psicóloga Bárbara Dariva comenta que a tripofobia pode afetar as pessoas em graus diferentes, mas que se trata de uma condição que causa medo e agonia de objetos que tenham buracos ou certos padrões irregulares. "Eles se parecem com esponjas ou favos de mel", destaca a psicóloga.

Dariva explica que ao olhar objetos com essas características, as pessoas com tripofobia ficam extremamente mal. "Agonia e tremores são sintomas mais comuns, algumas pessoas chegam a ter crise de pânico com as imagens".

Ainda não há estudos clínicos conclusivos que diagnosticam a condição como uma doença. Mas, uma pesquisa realizada por cientistas na Universidade de Essex, com 286 adultos notou que 16% reagia com aversão a padrões repetitivos, e especialistas comportamentais acreditam que essas reações fazem parte do mecanismo de defesa do organismo. 

Algumas pessoas disseram a público sofrer da condição, como a atriz de American Horror Story, Sarah Paulson. A psicóloga Bárbara Dariva comenta que todos os tipos de transtornos são preocupantes e precisam de tratamento individualizado. 

"Da mesma forma que alguém com uma ansiedade generalizada sofre quando está em crise, uma pessoa com tripofobia sofre ao extremo quando entra em contato com objetos cheios de buracos. É uma sensação ruim e quando se manifesta devemos tratar da melhor maneira, para que a pessoa não sinta novamente, ou pelo menos consiga administrar suas reações quando entram em contato com as imagens", alertou a especialista. 

De acordo com Dariva, o tratamento pode incluir psicoterapia e até o uso de remédios antidepressivos e ansiolíticos.

ATENÇÃO

Esta matéria não irá exibir imagens dos objetos que desencadeiam a síndrome por respeito a pessoas com tripofobia, que podem ter uma reação ruim ao olhar as imagens. 

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