Saúde

Câncer de Mama: Efeitos colaterais do tratamento contra a doença são comuns

Avanços recentes da medicina combatem os efeitos da quimioterapia, como a queda de cabelo, náuseas, aftas e diarreia

Após ser diagnosticado com câncer de mama todo paciente é submetido a um tipo de tratamento. Cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, qualquer um destes procedimentos é invasivo e tem efeitos colaterais. A boa notícia é que esses efeitos estão sendo minimizados com o avanço da medicina e proporcionando aos pacientes mais conforto durante o tratamento.

Efeitos colaterais ocorrem porque os medicamentos usados na quimioterapia para o tratamento do câncer destroem as células cancerígenas e também as saudáveis, resultando na queda de cabelo, náuseas, aftas e diarreia. O médico oncologista, do Hospital Meridional, Fernando Zamprogno explica que a decisão de tratamento é discutida em conjunto entre o mastologista e o oncologista clínico. "Discutimos sobre o aspecto de risco do câncer de mama para classificar se a doença tem baixo risco de retorno, moderado ou alto. A partir disso, tomamos decisões como a realização da quimioterapia, bloqueio de hormônio, uso de anticorpos e qual o melhor momento de se fazer isso", explicou Zamprogno.

O médico comenta que em 30% dos casos é necessário fazer quimioterapia pré operatória. Mas, determinados grupos de mulheres podem fazer a quimioterapia após a cirurgia. "O tratamento padrão é a cirurgia, no caso a mastectomia parcial ou completa, os outros tratamentos são feitos em paralelo a esse procedimento", explicou o oncologista.

A quimioterapia também pode ser acompanhada do bloqueio de produção hormonal. E em casos da retirada parcial da mama também é indicada sessões de radioterapia. "Após os tratamentos, os pacientes permanecem sendo acompanhados por 10 anos e caso a doença não apresente risco de 'voltar' o paciente é considerado curado", completou Fernando Zamprogno.

História de superação

A enfermeira Ana Lucia descobriu o câncer de mama há seis anos por meio do autoexame. "Era um dia comum, uma segunda-feira após o banho, eu passava hidratante no corpo e ao tocar os seios encontrei um caroço abaixo do mamilo esquerdo. No momento em que senti o nódulo eu pensei 'é um câncer', eu tinha certeza do tumor, mas não da gravidade".

Após o diagnóstico do câncer de mama, a enfermeira precisou fazer a mastectomia completa e retirou a mama. Hoje, Ana Lucia está curada e conta que mesmo durante o tratamento ela continuou trabalhando e praticando exercícios físicos moderados. "As pessoas me ajudavam, eu não pegava nada que fosse muito pesado, mas eu continuei realizando minhas atividades diárias. Nós precisamos procurar sentir prazer em tudo que fazemos na vida. Precisamos ser gratos em estar vivos e pensar que um dia será possível descobrir novos tratamentos, descobrir a cura desta doença, não importa quanto tempo leve", finalizou.

Outubro Rosa

A campanha do Outubro Rosa tem o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O mês também abre portas para o debate sobre tratamentos e todas as formas de suporte que podem ajudar a quem luta a superar a doença. Uma das alternativas que vêm se mostrando uma grande aliada das pacientes que lutam contra o câncer é a atividade física. Além de ajudar a evitar tumores, o exercício traz outros benefícios físicos e mentais para quem está em tratamento.

O preparador físico e coach de corrida, Nei Robson, explica que a atividade física libera neurotransmissores que trazem prazer e bem-estar. "A malhação ainda freia a degeneração muscular, uma repercussão comum após o diagnóstico que atrapalha tarefas cotidianas e intensifica a canseira. Os benefícios não são só para o corpo, a mente também é favorecida no caso dos pacientes que se movimentam", completou o preparador.

O Jornal da TV Vitória preparou uma série de reportagens especiais sobre o câncer de mama. Abaixo, você confere o segundo episódio que fala sobre o tratamento da doença:


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