Saúde

Os benefícios da atividade física para quem luta contra o câncer

Exercício físico evita tumores melhora condição física e mental de quem está em tratamento


A campanha do Outubro Rosa tem o objetivo de alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O mês também abre portas para o debate sobre tratamentos e todas as formas de suporte que podem ajudar quem luta para superar a doença. Uma das alternativas que vêm se mostrando uma grande aliada das pacientes que lutam contra o câncer é atividade física. Além de ajudar a evitar tumores, o exercício traz outros benefícios físicos e mentais para quem está em tratamento.

O preparador físico e coach de corrida, Nei Robson, explica que a atividade física ajuda a combater a fadiga gerada como efeito colateral do tratamento quimioterápico. “É uma reação para a qual não há remédios, mas que tem melhora considerável quando o corpo é posto em movimento”, explica o treinador que já teve alunas em tratamento contra o câncer em seu grupo de alunos.

Uma revisão internacional de 34 estudos reuniu dados de 4.366 indivíduos com tumores. Seu resultado é categórico: não importa o tipo da doença, tirar o corpo da cama combate a indisposição.

A fotógrafa Fernanda Ribeiro Gonçalves, de 42 anos, recebeu em 2014 o diagnóstico de câncer de mama e em após o tratamento através da quimioterapia e radioterapia, buscou na corrida uma aliada para ter contato com mais pessoas e fazer uma atividade física. “Em agosto de 2015 busquei retomar as atividades físicas na academia, depois senti a necessidade de procurar algo que eu pudesse ter mais contato com outras pessoas. Em 2017 conheci o grupo de corrida e tem sido muito bom pra mim, pois junto com a atividade física tenho o relacionamento com diversas pessoas. Indico para quem posso. Passar por uma doença que mexe muito com o corpo e a mente é bem difícil, ter um retorno ao convívio social e poder colocar o corpo para se movimentar é essencial. No grupo de corrida formamos uma grande família”, ressalta a fotógrafa. 

Há sete anos, foi quando Denise Franco, 41 anos, descobriu o nos teve câncer de mama . Segundo ela, falar do assunto é muito importante, pois muitas mulheres tratam como uma vergonha. “É importantíssimo falarmos do assunto. Muitas mulheres tratam como uma vergonha. O esporte, o grupo de corrida, foram essenciais para minha restruturação”, comenta Denise. 

“A atividade física libera neurotransmissores que trazem prazer e bem-estar”, explica o preparador físico, Nei Robson. A malhação ainda freia a degeneração muscular, uma repercussão comum após o diagnóstico que atrapalha tarefas cotidianas e intensifica a canseira. Os benefícios não são só para o corpo, a mente também é favorecida no caso dos pacientes que se movimentam.

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