Saúde

Peste bubônica que infectou pessoas na China pode existir no Brasil

Doença é considerada grave e pode ser fatal, com taxas de mortalidade em humanos próximas a 100% se não tratada

Foto: Divulgação/ Redes Sociais
Esta foto retrata o caso de Paul Gaylord, que há 3 anos foi infectado pela peste após ser mordido pelo seu gato. Imagens do homem chinês contaminado pela peste não foram encontradas. 

Duas pessoas foram diagnosticadas na China com peste bubônica, desencadeando o temor de uma potencial epidemia da doença. O que se sabe, é que uma das vítimas contraiu a peste após comer carne de coelho selvagem, que estava infectada pela bactéria Yersinia pestis. 

A doença é popularmente conhecida como peste negra, a mesma que dizimou metade da população europeia na Idade Média. Causa uma infecção bacteriana que é transmitida por pulgas de roedores, principalmente ratos. É considerada grave e pode ser fatal, com taxas de mortalidade em humanos próximas a 100% se não tratada. 

No Brasil, de acordo com o infectologista Carlos Fortaleza, pode ocorrer apenas casos isolados, não causando epidemias. “Pode evoluir para a forma septicêmica, que é capaz de causar falência de todos os órgãos, ou pneumônica. Ambas podem levar à morte”, destaca o especialista. “Se a peste atinge o pulmão, o próprio ser humano pode transmiti-la por meio de gotículas de tosse”, explica.

A doença 

Recebe o nome de peste bubônica, porque se caracteriza pelo aparecimento de gânglios muito grandes, chamados de bulbões. A bactéria alcança o sistema linfático e se multiplica no linfonodo mais próximo, que fica inchado e dolorido. De acordo com o infectologista, é necessário ter o conhecimento médico para suspeitar da doença, pois ela se tornou incomum. 

Sintomas 

Além do aumento muito grande dos gânglios, os sintomas da peste bubônica incluem febre alta, mal-estar, fraqueza e dor de cabeça. Quando atinge o pulmão, também causa falta de ar, dor no peito e dificuldade para respirar. "Eles levam de dois a seis dias para se manifestar", diz o infectologista. 

Como tratar?

De acordo com Carlos Fortaleza, o tratamento pode ser com vários antibióticos bastante conhecidos, conforme recomendado pelo médico. Mas o que garante a eficácia é a rapidez com que ele é feito, e isso depende do diagnóstico rápido. 

Casos no Brasil 

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, durante os anos 1920, foram identificados casos no interior do Nordeste. A região é uma das áreas consideradas focos naturais da doença. A outra é a cidade de Teresópolis, no Rio de Janeiro. O último caso ocorreu em Pedra Branca, no Ceará, em 2005. 

No mundo 

Entre 2010 e 2015, foram notificados 3.248 casos em todo o mundo e 584 deles foram fatais. A peste é mais frequente em Madagascar, na República Democrática do Congo e no Peru, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

* Com informações do Portal R7

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