Polícia

Acusado de raptar e matar Thayna chega ao fórum de Viana e encara manifestação

Os familiares e amigos da vítima foram para a porta do fórum para pedir justiça

O acusado de sequestrar, estuprar e assassinar a menina Thayná Santos, de 12 anos, chegou ao Fórum Juiz Olival Pimentel, no Centro de Viana, por volta das 13h15. Uma audiência de instrução estava agendada para às 13 horas desta quinta-feira (12) para ouvir Ademir Lucio Ferreira, de 52 anos, e testemunhas do caso. 

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Além do suspeito, familiares e amigos da menina foram até o local onde acontecerá a audiência. Eles chegaram de ônibus poucos minutos antes de Ademir. Apenas a mãe da vítima, Clemilda Aparecida, foi autorizada a entrar no fórum para acompanhar a audiência.

Clemilda afirmou que ainda não conseguiu superar a morte da filha. “É muito difícil para mim reviver isso tudo. É uma dor muito grande ter que ficar cara a cara com ele. Mas espero que a justiça seja feita e que ele pegue pena máxima. Ele acabou com a minha vida. Além da minha filha, ele também estragou a vida de outra menina. Se ele ficar os 30 anos, pelo menos vai sair velho e não vai conseguir fazer isso com ninguém mais”, disse a mãe de Thayná.

O crime aconteceu em outubro do ano passado. Segundo as investigações, Thayná saiu de casa sozinha, no bairro Universal, em Viana, e depois desapareceu. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que a menina entrou no carro que era conduzido por Ademir. No início de novembro, o veículo foi encontrado pela polícia. Na mesma semana, uma ossada feminina foi localizada em uma lagoa do município. No local, a polícia também encontrou pedaços de um vestido que foi reconhecido por familiares dela.

Ademir foi preso uma semana depois no Rio Grande do Sul. Ele foi trazido de volta ao Espírito Santo e conduzido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em depoimento, afirmou que Thayná havia morrido após cair na lagoa, mas não convenceu a polícia.

O suspeito segue preso no Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha. Ele já responde pelo estupro de outra menina, de 11 anos. Segundo a polícia, o caso aconteceu três dias antes do crime contra Thayná. Na audiência, realizada no último dia 19, Ademir foi condenado a 34 anos de prisão, por estupro de vulnerável, sequestro e ameaça.


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