Morte irmãos carbonizados

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Pastor preso após morte de irmãos em incêndio administrava salão em São Paulo antes de morar no ES

Segundo uma amiga do pastor e ex-frequentadora da igreja, George contou que já morou na Capital Paulista

Thaiz Blunck

Redação Folha Vitória


Antes de ser líder de uma igreja batista de Linhares, Norte do Estado, George Alves, preso neste sábado (28), era responsável por administrar um salão de beleza em São Paulo. O pai e padrasto dos irmãos que morreram carbonizados em um incêndio em Linhares, teve a prisão decretada na última sexta-feira (27) e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória.

Uma amiga do pastor e ex-frequentadora da igreja, contou ao jornal online Folha Vitória que durante uma pregação, ele deu um testemunho e fez a revelação de que já morou na Capital Paulista.

"Ele é de São Paulo e tinha um salão de beleza. Eu lembro que em um culto ele deu testemunho e disse que era paulista, só não sei se nasceu lá mesmo ou só morou antes de vir para o Espírito Santo. Eu frequentava a igreja dele, passei minha gravidez toda lá e só parei porque agora fica mais difícil ir com meu neném. Ele não é um pastor, é um pai para todos nós", contou Geovana Guimarães.

Em publicações mais antigas nas redes sociais, o pastor mostra alguns dos trabalhos feitos. Alguns, inclusive, com a atual esposa, Juliana Salles, mãe dos meninos Joaquim e Kauã.

Geovana contou que conhece o pastor há cerca de dois anos e que soube recentemente que ele é pai apenas de uma das crianças."Ele ficava a todo o momento com as crianças, tratava os dois muito bem, tanto é que só depois de um tempo que fui saber que o Kauan não era filho dele, porque o tratamento dos dois era igual. A gente ficou sem chão, está todo mundo sem respostas. Não posso acusar ou defender, isso é algo que a Justiça vai dizer", conclui.

Relato
Uma pessoa que mora perto da casa atingida pelo incêndio, contou à equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV que presenciou o momento em que George saiu de casa para pedir ajuda. 

"Acordei com o alarme de casa disparando e quando sai vi a movimentação. Ele estava na rua, andava transtornado de um lado para o outro e chorava muito. A única coisa que eu consegui escutar foi ele dizendo 'Meu Deus, eu te amo". 

O caso
Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauan Sales Burkovsky, de 6, morreram carbonizados na madrugada do último sábado (21) durante um incêndio na casa onde moravam, no Centro de Linhares.

George Alves, pai e padrasto dos irmãos, prestou depoimento à Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) na delegacia do município na terça-feira (24). Segundo a Polícia Civil, esse é um procedimento padrão, pelo fato de ele ter sido a última pessoa em contato com as crianças.

Na última perícia, realizada na sexta-feira (27), os peritos utilizaram um produto chamado “luminol”, que permite encontrar manchas invisíveis a olho nu. O recurso detecta marcas de sangue e outros vestígios, mesmo depois do incêndio e de o local ter sido limpo. Neste sábado (28), ele foi detido em um hotel do município e transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana II. 




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