Morte irmãos carbonizados

Polícia

Tragédia em Linhares: grupo de advogados se voluntaria para defender pastor preso

Um dos advogados é Rodrigo Duarte, que também é pastor e vice-presidente da Igreja Batista Ministério Vida e Paz, onde George Alves ministra cultos

George foi preso no último sábado, em Linhares, e deverá ficar na prisão por 30 dias

Um grupo de cinco advogados de Minas Gerais e do Espírito Santo se voluntariou para defender o pastor George Alves, pai e padrasto dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6, mortos em um incêndio no último dia 21, em Linhares, norte do Estado. George, de 36 anos, está preso no Complexo Penitenciário de Viana desde o último sábado (28).

Um dos advogados responsáveis pela defesa é Rodrigo Duarte, que também é pastor e vice-presidente da Igreja Batista Ministério Vida e Paz, onde George ministra cultos. À reportagem da TV Vitória/Record TV, os advogados disseram que ainda não tiveram acesso ao inquérito policial sobre o caso.

A Justiça decretou a prisão preventiva de George Alves, por 30 dias, para evitar que ele atrapalhe o andamento das investigações. Para especialistas, a prisão temporária de 30 dias sugere que a policia trabalha com a possibilidade de uma morte criminosa e que o pastor está sob suspeita.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado, Sóstenes Araújo, George está em uma cela isolada no presídio de Viana. Desde que foi preso, no sábado, o pastor já foi atendido por um dentista, um psicólogo e uma advogada, que esteve no presídio no domingo. Visitas de familiares ainda não foram liberadas.

Perícia

Na tarde desta quarta-feira (02) a Polícia Civil realizou a quinta perícia na casa onde Joaquim e Kauã morreram carbonizados. Durante o trabalho, foi coletado material genético dentro do quarto onde as vítimas estavam no momento do incêndio.

O carro do pastor George Alves também foi apreendido pela polícia. No veículo serão procurados vestígios do que pode ter acontecido antes do incêndio que matou os dois irmãos.

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O estado dos corpos de Joaquim e Kauã impossibilitou a identificação e eles foram levados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde serão identificados a partir de exames de DNA. O resultado do exame está previsto para sair na próxima quarta-feira (09).

Por nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob segredo de Justiça, com acompanhamento do Ministério Público. Segundo a PCES, informações adicionais, além das já divulgadas, serão passadas pelo delegado responsável pelo caso, após a conclusão do inquérito policial.

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