Polícia

'Exoneração de ex-marido de médica depende da Justiça', diz André Garcia

O secretário explicou que o acusado de ser o mandante do assassinato de Milena Gottardi permanece no cargo até que a Justiça defina a situação

Em breve conversa ao jornal online Folha Vitória no último sábado (30), o secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia, afirmou que o policial civil Hilário Antônio Fiorotti Frasson, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da médica Milena Gottardi Tonini Frasson, no último dia 14, poderá ser exonerado do cargo de investigador da Polícia Civil, caso seja comprovada sua participação no crime. No entanto, esta é uma decisão que compete à Justiça.

"Se ele vai continuar no cargo, o salário... Quem decide isso é a Justiça. O que ele pode ser é exonerado, mas ele permanece no cargo até que a Justiça defina a situação", explicou.

No Portal da Transparência do Governo do Estado, o nome de Hilário continua como "ativo" no cargo de investigador da Polícia Civil. Na folha de pagamento do último mês, o salário bruto do servidor é foi de R$ 5.577,93, contando com auxílio alimentação e gratificação de serviço extra. Na tabela de ausências, constam ainda cinco dias por falecimento familiar, no período de 15 de setembro a 19 de setembro, referente a morte da médica. 

Depoimentos

Recentemente, os advogados de defesa dos seis acusados de participação no crime afirmaram que estavam com dificuldades para ter acesso aos inquéritos. Alguns chegaram a afirmar que entrariam com pedido de anulação de depoimento, já que certas oitivas teriam ocorrido sem a presença dos advogados.

No entanto, segundo Garcia, "no decorrer da investigação, sem dúvidas, poderão ocorrer novos depoimentos". 

Condenação

No último domingo (1º), o secretário participou de uma passeata em homenagem à médica na Praia de Camburi, em Vitoria, e destacou a importância do ato. Segundo ele, o Estado vem trabalhando para que todos os envolvidos no crime sejam condenados pela Justiça.

"Esperamos que o desfecho seja a condenação [de todos os culpados]. Precisamos de uma mobilização forte da sociedade para chamar atenção para esse problema. Nesses casos, há sempre sinais que apontam para um caminho igual ao da Milena, então, precisamos ficar atentos", frisou o secretário.

Investigações

Segundo as investigações da Polícia Civil, seis pessoas participaram do assassinato de Milena, sendo Hilário e o pai, Esperidião Carlos Frasson, de 71 anos, apontados como os mandantes do crime. Além deles, o lavrador Valcir da Silva da Silva Dias e Hermanegildo, foram apontados como intermediadores. Dionathas Alves Vieira é aparece como executor do crime e Bruno Broetto Rodrigues, responsável por roubar a moto usada no crime.

(Colaborou para esta reportagem: Andressa Balbi)

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